quinta-feira, 22 de novembro de 2007

A Chuva como Limonada e Irrepresentação


Inicia a sua vinda, clima.
Limonada pode nos mostrar quando brilha e
a chuva deles é escondida.
SOL MORTO!
o você, a mente, tempestade, vendaval - brilho.
Tudo pode lhe mostrar muito bem!

Mesmo assim, a vinda da chuva quando eles brilham
e você pode me ouvir chuvando enquanto corre.
Você pode ouvir o estado 'eu'?
Tudo bem.
E brilha.
A chuva deles é você.

o Sol vem bem,
e a chuva deles brilha, brilha como se fosse adentrar se aquela mente
fosse sua lata, bem como me escorregam sombrio
eles não ouvem de mim...
pingar, realmente, não demonstra.

(feat.: Sprite em cima de um guarda-chuva. Hein? Achou ruim? Foda-se você. Isso não é um quadro, é um monte de zeros e uns interpretados por uma máquina que espera que eu interprete o que me foi passado. E eu assim interpretei.)

Se o sexo for uma arte, que seja visual.




AXE________DOR
SXE ________DE

EXE ________DAR
XXX _______ XXX
SUADO _____ORADO

SEXUADO ___ADORADO
AOSEXOSUADO __EDOÍDO
ASEXUADO __EDOMADO




(feat.: Jovem Virgem Autosodomizada Pelos
Próprios Cornos de Sua Castidade. 1954. Óleo em tela 40.5 x 30.5 cm.)

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Como cobrir um evento no qual você não esteve presente ou o Jornalismo nos Campos de Morango

Se há algo que vai acabar antes do vinil, antes da fitinha k7, antes do lsd puro (ops, esse já acabou), antes do vhs, antes do jornal impresso e imundo, antes dos cines pornô de centro da cidade... é a cobertura jornalística como experiência e vivência de fatos e acontecimentos: a graça do jornalismo.

Estamos na era do virtual, isto significa: sentir sem sentir, ver sem ver, tanger sem tanger, fazer sem fazer. É o paradigma dos Campos de Morango Para Sempre, onde "nada é real e não há nada para se abraçar". Basta meia hora conectado ao universo amplo da rede para tomar conhecimento do que se passa no mundo e fazer sua home-made cobertura no seu home-made blog esperando home-made comentários que fazem a engrenagem da interatividade funcionar.

INTERMISSION para INTERATIVIDADE:
E que coisa maravilhosa a interatividade! É uma palavra tão interativa! A começar pela etimologia temos interação, palavra originária que mescla o prefixo latino 'inter' conectado à palavra, também latina, 'ação' que significa uma ação mútua, recíproca. Troca-se ação por atividade, temos a interatividade, uma atividade recíproca,
uma relação entre agentes. O que é de certa forma irônico na interatividade é que ela também não é real. Ela é inversamente proporcional ao tangível e sua funcionalidade depende do distanciamento entre os agentes; quanto mais nos enfurnamos no nosso cafofo e trocamos palavras em forma de código binário com nomes e números numa tela, mais estamos sendo inter-ativos (menos estamos sendo real(mente)-ativos). Será que interatividade não deveria chamar fakeatividade? Pelo menos a etimologia não seria demasiada irônica.

Voltando aos Campos de Morango, é muito mais fácil viver com os olhos fechados e, conseqüentemente, muito mais fácil cobrir um evento sem precisar se deslocar até o local, buscar fontes, vivenciar, experimentar... (e obviamente, mais fácil não é sinônimo de mais divertido) Atualmente ignoramos Sextus Empiricus, Ockham, Bacon, Locke e 2 milênios de filosofia e empirismo. Nihil est in intellectu, quod non prius fuerit in sensu é uma falácia quando o "sensu" não está mais ligado ao real (real como tangência), mas ao sensu-virtual de situações, imagens, vivências criadas em laboratório e enviadas diretamente ao nosso cérebro. Até o processamento é facilitado, a digestão se torna mais fácil. É como tomar pílulas ao invés de comer um frango inteiro, desossando e mastigando com uma prazerosa dificuldade. Talvez pelo fato de que a quantidade tem aumentado, então se faz necessário reestruturar o processo, de forma reduzir o tamanho sem perder o amontoado de proteínas e vitaminas; o conteúdo que dá força e vigor.

Após alimentado com tudo que circunda o assunto (nada que uma pesquisa no google / wikipedia não resolva), as fontes não devem ser esquecidas. Não há nada mais incompleto que uma cobertura sem fontes (de um acidente aéreo de grandes proporções a uma partida de sinuca do boteco da esquina). E quer lugar mais fácil de encontrar fontes do que na internet? É aí que voltamos à interatividade (ah! palavra LINDA!): a Mecca da picaretagem, a falsidade ideológica não prevista em lei: INTER-ATIVIDADE. Orkut, MSN, Yahoo, G-Talk, Chat... lotados de fontes ávidas pelos holofotes. São os
"warhol's 15 minutes of fame". Num mundo sem imagens, sem faces... todos buscam o que falta, todos têm uma imagem, uma face, moldada, construída para suprir aquilo que lhe falta e para os leitores mais adaptados da matrix, eles conseguem conhecer pessoas (ou fontes) pela internet utilizando esse raciocínio: a pessoa-virtual é o que lhe falta, então a pessoa-real é a peça que encaixa e que é deixada de mencionar na imagem que é criada. Dependendo do nível de picaretagem nem é necessário ter toda essa perícia para lidar com as fontes virtuais, basta procurar nos grupos de interesse relacionados com a sua cobertura.

Definitivamente, não há mais porque lidar com o jornalismo da forma que nossos professores lidavam. A hipermodernidade supersônica e com corte de verbas não permite que a apuração reportagem tenha como método mais importante a cobertura local; no jornalismo televisivo externa é luxo, no impresso e radiofônico é inexistente. Nem mesmo as pautas, guiadas pelos interesses da nova gama de público alvo requerem isso mais, visto que ninguém se importa mais com a perspectiva impessoal e imparcial do jornalismo. Em voga está a cobertura pessoal e parcial, a opinião da pessoa-jornalista é tão importante que é tomada como base e tida como norte de quem lê e se simpatiza com fulano e sicrano. É o jornalismo com nome, documento e, CLARO, imagem.

O quarto poder não mais tem o papel de criador de opinião, mas se tornou uma máquina de reproduzi-las, já que ninguém mais tem tempo e preocupação de desenvolver sua própria embasada no que lê. A verossimilhança de uma perspectiva pessoal e parcial é importante para o público alvo porque assim eles não precisam desenvolver sua própria parcialidade e pessoalidade. Máquina de criar Verdade (no singular e com V maiúsculo). E, no final das contas quem liga se são fakes ou não? Vale lembrar que ainda estamos nos Campos de Morango (e não era "Para Sempre"?)

Chapter V: The Super Mass-Man against the cruel Übersmench

The monstrous Übersmench and his invincible “wille zur macht” have came back to terrorize the plan of Mankind Consciousness.
“Is there a way out to this vicious paradigm of apollonian spirit?” that was Dr. Übersmench’s primal doubt. He wanted so bad to find out a way to break this course of thought that he passed through the cord that linked the monkey to the superman. He became one, his will to power extended so much that he couldn’t control it anymore. Nevertheless, there was something Dr. Übersmench didn’t count on: The reality principle!
From this strange force, the dichotomy showed its other side. The dominant force at the actual paradigm noticed Dr. Übersmench’s ambition and came to rescue Mankind Consciousness. Our super hero was called The Super Mass-Man…