segunda-feira, 26 de maio de 2008

Há Como Estar (HCE)

senfim e meios, descomeço; Se tirarmos da noite o infinito, temos céu da boca? Talvez se sêsse de notar que mosquitos carregam o mais pequeno na companhia do que existe

ser tão comum enfim começa a caminhar com o sol minguando a lida dos dias; Correndo heras conta o pouco da fortuna miserável dos outros, que não ele mesmo; assim veio Ninguém para casa, dizendo o descaminho de contar, a convite de alguém, o desnome dos banquetes que, ora em caverna, hora em ilha, um caolho de malícia não si percebeu do perigoso Ninguém e nhac! virou presa do impróprio de jantar.

(mas môsss, se fazer cidade pra aproximar fosse algo bom, não se juntava cumpadre para contar como cofrinho, se vendia em arroba, logo...)

Se sagaranhas tecem por travessias de terceiras margens? acho que por entremeios, não sendo direita ou esquerda, mas em corpo mesmo, rivero donde veredas se hardemonhizam sem corromper de todo o sensível; mapra-lá!? Mas môsss, in-fância não precisa usar os óculos de ferro e vidro de senhor douto pra ver simples por não carecer de fecho — menos inda de distância. Entre pensar e poder, ela se ave

E como?! Uai, dum bem de estar com gente tão estranha como nós e aceitar, de bom arado, o convite do morro enviado (aprender ouvir do silêncio espesso de uma pedra que a terra não pensa o que é, mas acontece em seu simples), e a passar ser-tão, enfim, com uns... e, de todos, com os ninguéns que correm o mundo (s)em margens

pois, há como estar, senfim, nonada


(nisso pousa num machado um canário, que ouve uma conversa)

— Olhem! É pedra e é sombra. Disse alguém
— Que nada, é só o mundo passando. Disse o outro
— O mundo? (disse o canário) O que se sabe do mundo!? O que vocês dizem?! Ha! O mundo, ah, o mundo, para vocês, do mundo, só sobrou um punhado de ilusão e mentira, tanto que estão a olhar um canário falar sobre o que pensa do mundo...

...e assim voou o canário pra fora da página

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Here Comes Everybode (HCE)

Hommage a James Juice Joyce

Talvez fosse pretensão demais que... talvez fosse pretensão que... talvez demais... talvez que fossemos... Entre o não se posso e o queira, houve um começo. Mas parecia extenso demais: paisagem em lista quase representável – punção de grafia indecifrável.

Muitos dedos, poucos corpos, muitas notas, nenhuma música ou retorno — diversão havia, mesmo se não houvesse a formalização equivocada, tabela-self-service- estruturada-geneticamente-arrajanda-com-deliciosos-flocos-crocantes-cobertos-com pernicioso-chocolate (se vê), a resmungar como se uma casa sem fiação elétrica: caverna pisca-olho que queria ser um arquipélago (uma ilha não, mas, se fosse “a”, talvez, talvez, talvez, cogita).

...e,

General Freud encontra Tolkien (ou seria um contrário: encontro da degustação esquizolingüística com a rosquinha-do-sêo-gualda?): o ânus, o anel para a todos dominar; tudo já foi dito, alguém disse – com incerto sorriso de Cheshire no ar.

“Um pouco de impossível, senão sufoco.”

Arquivo do indigesto, coleção de equívocos — ser ia. Ainda se pensava em esclarecer a natureza com ar(bóreocronossomos)-crivos. Agora, desde ontem, se expõe o segredinho sujo do “tapete com memória dos pelos” com duas pinças: uma separa e a outra expõe à luz.

An(d)a-lista-anda — diz o guarda.

Mas, “o que se passou?” O artificial foi tornado sensato; Confiável. Ilusão autônoma, franquia do mistério — olhar (d)o céu: organi(ci)zar a filial.

Matilha que pasta em grupos (“sou o peido!”, rumina fogo-flato para cu-frouxo). Escravos do fogo com “bom humor”. Ao menos o que dá azia de mais.

...e, ri-se (som de rizos)

Intensificam-se as fossilissensações de temporalidades pelo delírio montado sob medida. Viagem da superação: hagiografia — ou romance. Que(m), meu destino? Hadestinado! Território sem natureza, mistério sem epifania (Pois seria loucura...)

A-destinar-se: não é como perder lenço ou documento – pois, para limpar o esquecimento, tu deves colecionar lembranças de teus equívocos, deve limpar sua consciência com seu trapo de focinho, sua identidade será verde-muco, aqui só se entende “o” que se escreve, portanto, em-guarde! Mas, funciona? Só se eu quiser saber, depois.

Geologia da queda – ou, quanto um corpo pensa que pode? Pode pe(n)sar quanto saber? “ - Quanto? - Pode embrulhar.” Vai pra casa e come, come, come... package-men rumo ao umbigo do limbo, você recebeu a encomenda?! Não, fui ao analista!? Ah, sim, ninguém estava em casa depois de se exilar do tédio... Compreende-se, acontece. Duas da rosa e uma azul, para combinar com as meias e cuecas da mala. Caso piore, três pretas para não destoar do suspensório. E, em último caso, se quiser viajar, contrate um carregador para levar as camisas na hipótese e a mala na razão para não afetar sua coluna — que é sólida, mas pode ser abalada e deixá-lo em crise.

Livrai-me de mim, querido diário!!! Ah-deus-corpo. Notícias da saúde do porco: Digest reader’s digest. Como não serve para nada. Sobre livros de filosofia: popsssibilidade neo-pós-nuca (vide, boc@rrota). Mas... qual é mesmo a moral da fábula? – Tudo já foi dito. Pai, rogai pornôs, pois mamãe é uma mala frígida, desculpe por contar.

“Estou farto de semideuses” disse alguém que não se importa para o corpo.

Enquanto isso, na sala de justiça, voluntários do hoje proclamam a suspensão voluntária da descrença enquanto se masturbam. “Se preferirá querer ao nada que em nada querer – pois o deserto é um lugar calmo”; “Clark, que quente! Mas, se você for para lá, não te acha nem o super-homem”.

Dos usos da decadência. E foi dito: vaidade em carne dada chamada gente – não se olhe com os dentes. “Ei, você! Vou te dar nome. Para mim, será... ousadia covarde, o anjo barroco porca-mente estetizado com pau pequeno e cara de peter-o-pão. In nomini, introibo ad altare…”

Amesquinha(mo)mento. Procissão dos ovos: cada qual à sua maneira, mas em frente, sempre, altivos, rolando o amanhã para a frente (mas a de trás). Imagem de imagem sem imagens (simples: não precisar ser representável, mas um há, talvez natural, pois não se precisa saber tudo) — eletrosfereodrama de ponta macia rolla-on da banda inssurreição-refém em videoclips para agenda personalizada.

Rufossos, gaguejante, olha um ruído, como não se houve e sente: murmurrio, ruído sem filtro, lixeratura, litteratoa, litterosfera, redetritosfera, mecanosfora. What’s there!? How, there?! Are we there yet?

(IA!!! IA!!! IA!!! responde o burrico bigodudo)